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Além do desgaste natural de uma panificadora, o cliente se cansa do visual da loja e da disposição dos produtos, procurando estabelecimentos mais atualizados, com visual mais agradável e que preencham suas expectativas. Da mesma forma que uma loja nova atrai clientes, uma loja velha, os espanta. Estar atualizado é, portanto muito mais que uma questão de vaidade para o proprietário da padaria, mas principalmente uma estratégia para atrair e manter novos clientes.
1- A hora de reformar
Saber o momento certo de fazer a reforma na panificadora não é mais que uma questão de bom senso, mas de sobrevivência.
O segredo para se saber a hora certa é avaliar o tempo de vida da instalação e como anda sua loja: se o piso está gasto, balcões riscados e lascados, vitrines trincadas, luminoso que não acende, etc. Muitas vezes é mais fácil, e até mais compensador financeiramente, reformar do que apenas dar manutenção a isso tudo.
2- Planejamento
Nunca inicie uma reforma de maneira precipitada e sem planejamento. O mais recomendado é que você comece a pensar nela um ano antes. Esse será um prazo razoável para que você comece a levantar os custos envolvidos, os prazos necessários e, principalmente, a fazer uma previsão de recursos para empregar na obra.
3- Juntando idéias
A forma mais comum de se imaginar uma reforma é visitando casas novas e bem estruturadas.
As novidades, as idéias criativas e o bom gosto de outros podem e devem ser fonte de inspiração, mesmo para quem sabe o que quer fazer. Visite aleatoriamente outros estabelecimentos, converse com colegas e arquitetos e outros profissionais especializados.
4- Tendências
Junte todas suas anotações para não deixar nada de fora. Mas não esqueça que é imprescindível que o projeto leve em conta o padrão do consumidor e a localização do estabelecimento. Leve em conta também às tendências de mercado, as formas e cores da moda, que nem sempre serão as que você imaginava serem mais bonitas, mas sim as que o consumidor prefere.
5- Fornecedores
Todos sabem que qualidade tem preço, mas você precisa saber onde está aplicando seu dinheiro. Preocupa-se, portanto em escolher fornecedores sólidos, com reconhecimento e referência de outras panificadoras.
6- Recursos
Aqui a regra é básica: trabalhe com capital próprio. É a única maneira de conseguir terminar. Preocupe-se em dimensionar adequadamente os gastos, mas tenha uma reserva de segurança de no mínimo 50% dos gastos previstos.
Depender de recursos bancários ou financiamentos é uma opção a ser considerada apenas quando você tem absoluta certeza da sua capacidade de saldá-los.
7- Parar ou não, eis a questão?
Decida se vai manter a padaria em funcionamento durante a obra. Essa questão é delicada, pois envolve a quebra no hábito de seus clientes, caso opte por fechar. A dica aqui é simples. Se for possível fechar, com poucos prejuízos, faça isso sem dúvida. A obra será realizada mais rapidamente e com menor risco de erros. Caso não seja possível, mantenha sua clientela avisada de que “estamos em reforma para melhor servi-lo”.
8- Comece pela retaguarda
A reforma não é apenas a mudança da fachada ou das instalações comerciais. Ela envolve sua produção e estoque. Portanto, não pense apenas no decorativo. Fique atento à sua capacidade de produção, às adequações elétricas e hidráulicas para seus equipamentos e, mesmo na substituição de equipamentos obsoletos.
9- Siga o projeto
O projeto bem feito, no início, certamente terá facilitado muito a vida do panificador que decidiu reformar. Mas nem sempre é possível se prever tudo, e novas idéias e soluções vão surgindo e sendo incorporadas ao projeto, tornando-o mais completo e aperfeiçoado. Mas, também, tornando-o mais caro. Entenda que sempre é possível mudar, mas que depois de iniciada a obra, qualquer alteração elevará o custo final de maneira significativa.
Portanto, quanto possível, siga o projeto pré-estabelecido e converse sempre com o arquiteto e demais responsáveis pela obra sobre as soluções que estão sendo encontradas. Não tenha medo de expor suas dúvidas e expectativas, afinal você é quem está pagando.
10- O retorno do investimento
Uma parte importante da reforma não é a mexida na casa, em si, mas o que vem depois. Embora seja impossíveis se dimensionar antecipadamente o aumento do movimento com a reforma, e até mesmo sua queda durante é imprescindível que se estabeleça um prazo para o retorno do investimento. Estime uma elevação nas vendas em no mínimo 20% após a reforma e veja em quanto tempo será possível recuperar o dinheiro investido. Essa conta deve ser feita, para que não se gaste na casa mais do que ela pode render, colocando-se um dinheiro que não voltará nunca mais. Um ano é um prazo bastante razoável para esse retorno, mas isso depende muito do porte das reformas e do movimento a que a casa estava habituada. Pode haver pouco tempo a mais ou menos para o retorno financeiro, mas uma certeza existe: a reforma vale a pena para quem trabalha na padaria, com mais prazer, e para os clientes, que certamente se sentirão melhor e preferirão sua panificadora.
E depois de checar todos esses detalhes, mãos à obra!
Fonte: www.mauri.com.br